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AULAS

Minhas aulas são baseadas na Técnica Klauss Vianna (TKV), uma técnica brasileira de dança contemporânea e de educação somática, que se originou a partir da pesquisa da família Vianna (Klauss, Angel e Rainer Vianna) enquanto artistas pesquisadores das artes cênicas. Tal pesquisa trouxe uma visão inovadora sobre o corpo, o movimento e a dança, apresentando uma série de inovações em relação aos sistemas tradicionais do ensino de dança e da construção do corpo cênico tanto na dança, quanto no teatro. Até hoje a pesquisa iniciada pela família Vianna tem papel relevante no cenário das artes cênicas no Brasil, explorando a questão: o que é dançar?

Estou interessada em criar espaços de pesquisa e criação de movimentos a partir de estratégias de improvisação em dança e jogos teatrais, sempre abraçando as singularidades existentes em cada grupo. Atualmente, trabalho em São Paulo e Campinas (no Curso Livre de Teatro do Teatro Barracão – Território das Artes, desde 2022) com grupos de diferentes idades e experiências em dança e teatro.

 

Minhas experiências como bailarina intérprete da Cia Dança Sem Fronteiras (2022 a 2024), auxiliando nas ações pedagógicas abertas a pessoas com e sem deficiência de diferentes idades e contextos sociais (oficinas, jams, imersões e residências – dentro dos projetos contemplados pelo 31° Fomento à Dança de São Paulo, Lei Paulo Gustavo nível Estadual, ações contratadas pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Prêmio Unlimited/British Council no País de Gales e em São Paulo e IBERESCENA na Argentina) ampliaram minhas percepções sobre as diversas possibilidades de dançar e estar presente em cena, sempre acolhendo as singularidades dos corpos como propulsores para a pesquisa da expressividade poética.

Acredito que a Técnica Klauss Vianna é uma ótima base pedagógica por incentivar o aluno a ser pesquisador do próprio corpo, com autonomia dentro e fora da sala de aula, aguçando a escuta sensível de si, dos outros, do espaço e da cena.

Partindo da noção de que corpo e mente estão integrados, a TKV aborda o corpo sensível vivenciado a partir de movimentos que se distanciam de uma realização mecânica e pautada somente na cópia do movimento. Incentiva-se o aluno a re(descobrir) o seu movimento, reconhecendo seus caminhos a cada passo.

A cada aula, técnica e criação andam de mãos dadas, instigando a singularidade do movimento de cada um e despertando o corpo presente para acolher e instigar a presença do grupo como um todo, em um processo espiralado de investigação sobre possíveis caminhos da construção de um corpo cênico.

A partir de práticas de improvisação que surgem de tópicos corporais específicos e vetores de movimento, com base em referências anatômicas ósseas, acredito que a Técnica Klauss Vianna é um caminho para ser desbravado tanto em aulas de teatro, quanto em aulas de dança, instigando processos de autodescoberta e coletividade dentro de contextos pedagógicos artísticos.

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